Exposição Poesia das Formas por Beth Lins e Deisi Mello





UMA NOVA FASE SOBRE A IMAGEM DA ARTE CONTEMPORÂNEA ACRIANA E BRASILEIRA




Deisi Mello
    As visões pictóricas das artistas plásticas Deisi Mello e Beth Lins são distintas, porém comungam dum sentido de dupla intenção abstrata. Dos grafismos indígenas aos centros índicos da liberdade em cores e tons surgem marcas fortes duma nova fase das artes plásticas no estado do Acre.

   Beth Lins encontra nas formas naturais da floresta inspiração para suas criações e aprimoramentos plásticos. Os centros predominam nas suas telas, eles são de toda sorte sua principal baliza na busca de um equilíbrio de tonalidades e formas. Lins oferece um mosaico de espirais ambulantes, que ora são frios, que ora são quentes. Ao fitar seus quadros nos envolvemos no drama da energia centralizada. Uma super carga cósmica adentra intimamente nosso pensamento e deixamo-nos transitar ao sabor de sua armadilha. São os pontos centrais dos seus quadros o perfume da curiosidade que nos faz analisar cuidadosamente os minimalismos impregnados em cada obra.

  Deisi Mello grafa suas fantasias juvenis no pano que segura agora uma árvore morta. Explosões de sentimentos até então presos se fixam nas sombras acrílicas da sua mais nova coleção de pinturas. Não seria exagero dizer que seus quadros são uma metamorfose. D’alguns casulos na Amazônia ela deve ter extraído as borboletas que estão presas nos seus trabalhos. São cores harmoniosas convivendo entre si e o outrem que as observa. Um luxo da sua imaginação posta em formas visíveis para o público deleitar-se e compreender a sua ousadia e o seu talento nas obras apresentadas. Uma série encantadora, proveitosa para fazer-se em poesia ou prosa, quem me dera, pois.
Em suma esta exposição apresenta uma forma figurada dum novo horizonte para a arte acriana. Talvez seja tempo para refletirmos um novo ponto de vista sobre a “tradicionalidade” da imagem na arte da pintura. A gosto de quem vive com ela, ou de quem vive dela deverá continuar intenso seu trajeto tradicionalista. Mas, para quem busca o eterno “novo” horizonte sobre a pintura não será a tradicional imagem uma boa base de experiências felizes. Lins e Mello trazem para o tabuleiro peças fundamentais para o fortalecimento da arte contemporânea no Brasil: - enfrentamento ao ‘retratismo’ da realidade e a sua sensibilidade feminina sobre o abstracionismo da própria imagem da arte.

  Num mundo abatido pelo tédio do ‘mesmismo’ brotam casulos gráficos e grafismos em espirais ‘poliespontaneos’ da imaginária de duas inteligentes mulheres no interior da Amazônia ocidental. Quiçá ganhem os grandes centros desta nação em turnê com suas inquietantes invenções. Por aqui vão deixando suas marcas que serão profundas em nossas memórias.
Franz Tagore



Deisi Mello


Deisi Mello

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Deisi Mello
 
Deisi Mello

Deisi Mello

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Deisi Mello

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Beth Lins
Beth Lins
Beth Lins
Beth Lins

Beth Lins
 
Beth Lins

Beth Lins
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Beth Lins
Beth Lins
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